segunda-feira, junho 04, 2007

Mineiros sediam evento sobre anemia falciforme


Mineiros sediam evento sobre anemia falciforme



*por Dalmo Oliveira


Participo de quarta-feira, 06, até sábado, dia 09, do Encontro Mineiro e Fórum Nacional de Políticas Integradas de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme. O evento ocorre no GranDarrel Minas Hotel, em Belo Horizonte. Vou convidado pela Federação Nacional das Associações de Doença Falciforme (FENAFAL) e pelo Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias Cehmob-MG.
É uma etapa importante nos primeiros passos de um esforço que estamos fazendo em João Pessoa para fazer funcionar uma associação que agregue portadores da doença, seus familiares, médicos e pesquisadores da doença falciforme na Paraíba. Entre os médicos que se dedicam ao problema na capital destacaria o nome de Alexandre Magno (Hemato) que vem desenvolvendo ações de diagnóstico e tratamento a partir do laboratório de hematologia do Hospital Universitário da UFPB, onde já estive internado várias vezes.
A idéia da associação é divulgar o problema junto à população, mobilizar os órgãos públicos e profissionais de saúde e apoiar os portadores desse mal que na Paraíba ataca quase 6% da população, notadamente aquela com herança genética africana.
O Brasil possui um número significativo de afro-descendentes e conseqüentemente um número elevado de portadores do traço e com a doença falciforme no país. O encontro se faz oportuno, dessa forma, como marco inicial para subsidiar propostas concretas à implantação de uma Política Nacional de Atenção Integral à Pessoa com Doença Falciforme.
A elaboração de ações de fomento à atenção integral às pessoas com doença falciforme só será possível com políticas públicas voltadas para a organização do serviço de saúde prestado aos pacientes dessa patologia. A necessidade de uma política de atenção integral à pessoa com doença falciforme se faz urgente no Brasil através de uma discussão ampla e aberta sobre redução dos riscos à saúde ligados a desigualdades étnicas, regionais e sociais. É preciso desenvolver ações para resgatar a identidade e a auto-estima das pessoas com essa doença. Informações sobre o evento podem ser conferidas no site www.cehmob.org.br/encontro .

* Com texto auxiliar de Oscar Henrique Cardoso, ACS/FCP/MinC