segunda-feira, junho 06, 2016
Jornalistas debatem papel dos movimentos sociais frente ao golpe
No final de abril o jornalista Dalmo Oliveira participou do programa “Dedim de Prosa”, na TV Assembleia da Paraíba, para discutir a temática dos movimentos sociais. O programa é conduzido pelo jornalista Wellington Farias e teve também a participação do radialista João Costa.
Dalmo defendeu a atuação do MST ao dizer que “(…) só aqueles que não conhecem a agricultura familiar de perto ou que jamais tiveram contato com a agricultura podem achar que o MST é um bando de vagabundos”. Ele disse que o MST representa uma parcela considerável de trabalhadores que não tinham perspectiva de acessar a terra, que se organizaram desde a década de 80 para fazer essa reivindicação. “A imagem de 'vagabundos', 'baderneiros' foi sendo construída justamente pelo outro lado dos interessados na questão agrária, os donos de terras, os latifundiários”, analisa.
Oliveira avalia a burocratização dos movimentos sociais e o processo de cooptação porque passou suas lideranças, abandonando as lutas sociais para ingressar no governo. O jornalista destaca o surgimento de novos movimentos sociais, como o movimento LGBT e o movimento de Juventude. “Os movimentos ocorrem também pelas demandas conjunturais”, diz. Ele também destaca ainda o movimento das pessoas sem-teto e o movimento pelo direito à mobilidade humana.
Para o ativista, o golpe entreguista que acomete a Presidenta Dilma Rousseff, servirá, ao menos, para tirar os movimentos sociais e os organismos de Esquerda de uma certa “zona de conforto”. Ele lamenta que o Brasil não tenha alcançado um patamar de organização que permitisse às instâncias do controle social a barrarem qualquer tipo de tentativa de golpe, ocasionando a atual pausa democrática. A seguir, a íntegra do bate-papo entre os jornalistas:
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