quarta-feira, setembro 02, 2009

Porque há doenças negligenciadas?

foto: Assessoria de Comunicação da Fiocruz-PE



Eduarda Cesse: Negligência tem causas históricas, econômicas e políticas
Essa é a pergunta central da pesquisa desenvolvida sanitarista Eduarda Cesse, vinculada ao Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Ela apresentou aspectos de seu trabalho na tarde de hoje durante o Curso de Jornalismo Científico - Ciência & Mídia, sob o patrocínio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O evento ocorre até a próxima sexta no Recife Mar Hotel, na capital pernambucana.

Segundo Cesse, questões relacionadas à demografia, epidemiologias e costumes nutricionais são "problemas que caminham juntos". Ela observa que ocorreu uma transição demográfica acelerada, o que desembocou hoje numa população vivendo em áreas urbanas na ordem de 82% da população brasileira. Para se ter uma idéia, entre 1960 e 2000 houve um crescimento de cerca de 500% na população idosa nacional.

A espectativa de vida foi ampliada de uma média de 33,7 anos no início do século 20, para 68,5 anos a partir de 2000. "Diversos fatores colaboraram para essa mudança", comenta Eduarda, para quem "a maior evidência científica são os reflexos dos problemas de saúde nas diversas realidades sociais".

Cesse reconhece que a negligência na área de saúde está diretamente relacionada às questões econômicas e políticas. "Uma morte causada por raiva humana é um desastre para qualquer gestor público de saúde", analisa a especialista.

Jornalistas discutem mídia e ciência em Recife

foto: Assessoria de Comunicação da Fiocruz em PernambucoProfessores Cidoval e Isaltina: academia avalia jornalismo científico




Cerca de 200 jornalistas de todo país (a maioria do Nordeste) participam de hoje até a próxima sexta, 4, no Recife Mar Hotel, na capital pernambucana, do Curso de Jornalismo Científico - Ciência & Mídia, sob o patrocínio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A primeira mesa-redonda do dia de hoje discute ciência e jornalismo científico no Nordeste, com a coordenação de Fabiane Cavalcanti (JC) e facilitação de Cidoval Morais (UEPB), Isaltina Gomes (UFPE) e Mônica Costa (Fapern).

À tarde três palestras estão previstas: doeças negligenciadas, tomadores de decisão vs. conhecimento científico e Canal Futura.