quinta-feira, julho 05, 2007















Comunidades tradicionais exigem mais espaço em órgãos municipais e estaduais


Dalmo Oliveira, de Fortaleza – Representantes das chamadas comunidades tradicionais (índios, quilombolas, religiosos de matriz africana, lideranças do movimento negro, ribeirinhos, caboclos e outros) realizaram reunião ontem à tarde para redefinir estratégias de intervenção na III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que se encerra hoje, 6, no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza. A principal reivindicação do segmento é assegurar a criação de organismos inter-setoriais dentro das secretarias municipais e estaduais que tratam da questão da segurança alimentar e nutricional em todo país.
“Queremos também que cada segmento dos povos e comunidades tradicionais seja citado nominalmente no documento final, para evitar reducionismos, imprecisões e omissões do poder público na atenção especial ao problema da inseguridade alimentar desses grupos específicos”, diz Edgar Moura da organização Agentes de Pastorais Negros (APN).
Os representantes discordaram da retirada do artigo 126, do eixo temático 3 do documento base da Conferência, suprimido no momento da sistematização das proposições tiradas no grupos de discussão ocorrido na quarta-feira. “Precisamos garantir que os organismos estaduais e municipais sejam estruturados de forma a assegurar que estejam presentes nas comunidades e povos tradicionais de maior vulnerabilidade alimentar e nutricional. O objetivo é investigar e reparar a insegurança alimentar histórica que afeta essas populações”, acrescenta Roberto Oliveira, representante do movimento negro cearense.




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