segunda-feira, maio 31, 2010

Síndrome da corrupção congênita

Às vezes acho que alguns políticos já nascem com um gene da corrupção entrenhado em suas vísceras. Só uma determinação genético-biológica deste tipo explicaria a atitude perdulária de um Paulo Maluf, por exemplo. A corrupção, neste caso, seria algo mais do que uma simples manifestação cultural, adquirida pelo convívio na sociedade. A deformação moral parece já vir na codificação genética do indivíduo. Neste caso, trata-se mais de um caso patológico do que algo que se resolva com a polícia ou com as punições judiciárias.



Veja-se agora o caso do senador paraibano Efraim Morais, pego (mais uma vez) tentando corromper a folha de pagamentos do Senado Federal com a contratação fraudulenta de pessoas que sequer sabiam que estavam sendo contratadas para atuarem em seu gabinete. Que justificativas poderiam ser dadas num caso tão esdrúxulo de corrupção a não ser que Morais também sofre da síndrome da corrupção congênita.



Uma doença que vem do berço, herdada e incurável. Um mal que não tem remédio eficaz a não ser manter o doente longe de qualquer oportunidade de poder, de gestão da coisa pública e da administração de recursos da sociedade. Os sintomas podem surgir já no primeiro mandato, quando o indivíduo começa a comprar votos, subornar autoridades e enriquecer de forma ilícita.



A vacina deve ser aplicada a cada quatro anos, quando o portador da SCC colocar seu nome para a disputa eleitoral a qualquer cargo. No caso de Efraim Morais é impressionante que tenha conseguido desenvolver uma carreira tão vitoriosa, desde deputado estadual até o senado sem que seus eleitores percebessem de que se trata de um caso sem solução.



Misturado a tantos outros portadores da patologia, o senador do DEM conseguiu passar quase despercebido ao longo dos anos, mesmo dando um deslize aqui outro acolá. Mas agora ficou patente: é mesmo um caso típico de SCC e que precisa portando ser tratado imediatamente já no próximo mês de outubro.

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