quinta-feira, dezembro 27, 2012

Programa de rádio quebra paradigmas na PB

Mozart, Vavá, Palhano, Dalmo e Denis: rádio e ativismo cultural
No próximo sábado, das 14 às 15 horas, vamos colocar no ar, pelas ondas médias da Rádio Tabajara, uma edição especial do programa Alô Comunidade. Será uma espécie de retrospectiva, com os "melhores momentos" daquilo que conseguimos levar para nossos seletos radiouvintes nesses 12 meses de 2012.

Mozart, Ailton e Dalmo
Infelizmente, em 60 minutos é impossível mostrar a diversidade tão rica dos conteúdos que nossos entrevistados tornaram público ao falarem nos microfones da Tabajara AM. Fazendo pequenos recortes, cada um com uma média de cinco minutos, só consegui selecionar as falas capturadas até maio. Acho que vou precisar de uns três ou quatro programas para completar a retrospectiva de tudo que rolou até a semana passada, quando entrevistamos, ao vivo, o poeta e blogueiro Vavá da Luz.

Comecei a coleta das falas com os programas de fevereiro, em que a pauta ficou centrada na folia carnavalesca. Dois ícones do carnaval pessoense foram ao Alô Comunidade: Ednamay Cirilo e Kennedy Costa. Em março concentramos nossos esforços na temática "Mulher", entrevistando ativistas como Luana Natielle (ex-Bamidelé).

Romualdo Palhano e Fábio Mozart
No primeiro semestre o programa divulgou falas e opiniões importantes de gente como as deputadas Luiza Erundina e Luciana Santos, ambas entrevistadas por mim e por Mabel Dias num evento ocorrido no Recife, sobre democratização da comunicação. Da Bahia veio o depoimento do professor Jonicael Cedraz, antigo ativista da ABRAÇO. O programa trouxe ainda entrevista com  com Rosely Arantes, assessora especial de Políticas Públicas do Governo da Bahia, que falou sobre a implantação do Conselho de Comunicação naquele estado. Ela disse que em 2006, entidades da sociedade civil entregaram um documento ao então candidato a governador, Jacques Wagner, antes do primeiro mandato, que serviu de base para a criação do conselho.

Mozart e Veloso
Nos primeiros meses desse ano nós ouvimos atentamente os ativistas Ivaldo Gomes e Alexandre Santos. Gomes um empedernido defensor da democracia direta e um guerreiro empoderado anti-corrupção. Santos um ativo militante estudantil que enveredou sua militância pela democratização da cultura na Paraíba.

Outros que passaram esse ano pelos microfones do Alô: Tadeu Patrício, Wellington Costa, Jacinto Moreno, Nonato Bandeira, Estela Bezerra, Antonio Radical, Lourdes Sarmento, Renan Palmeira, Gilberto Rios, Lúcia Guerra, Maria da Conceição Castro, Vânia e Crisvalter Medeiros, Chico César, João Paulo Varela, Átila Nunes,  Walter Luis,  Heleno Alexandre, Ailton dos Santos Ferreira, Ana Maria Cavalcanti França João Batista da Silva, José Sóter, professor Eduardo de Oliveira, Hercílio Dragão, Célia Maria,  Mãe Lúcia de Oyá, Dulce Soares, José Moreira, Carmélio Reynaldo, Luiz Carlos Octávio, Marcos Fonseca, Jota Alves, Cachimbinho, Geraldo Mousinho,  José Octávio de Arruda Mello, Arimateia França, Buda Lira, Felipe Santos, Fernando, Marcílio e André (Nação Pé de Elefante), Luciano Oliveira (Maracahyba), Viviane e Karla Nóbrega (Amazona), Pai Carlos Roberto, Marival Aciole, Laura Berquó, Júlio Aurélio Moreira Coutinho, Clareana Cendy, Sandra Marrocos, Diana Maia, Socorro Almeida, Romualdo e Palmira Palhano, Marcos Fonseca.


Nonato Bandeira deu entrevista ainda como pré-candidato
Alô Comunidade inova no rádio paraibano ao mesclar conteúdos da comunicação comunitária, cultura popular e alternativa, utilizando-se do aparato comunicacional estatal, portanto público. Quebrou-se o paradigma que havia sobre a proibição de “cadeia de rádio” para emissoras comunitárias. Nosso programa pode ser retransmitido ao vivo ou em horários posteriores, a critério das rádios parceiras.
Mas a intenção dos produtores é que a produção também possa ser socializada com as outras rádios comunitárias. “A ideia inicial era criar um programa com sonoras enviadas pelas rádios parceiras, mas a participação ainda é pequena”, confirma Fábio Mozart, um dos idealizadores do programa.
Outro tabu que desmistificamos está relacionado ao processo de padronização da audiência. Dentro duma grade majoritariamente dedicada ao futebol, o Alô Comunidade conseguiu atrair novo público-ouvinte, e mudar o hábito auditivo dos ouvintes assíduos da Tabajara AM. O programa também inovou na abordagem jornalística de interesse público, fugindo dos modelos consagrados na radiodifusão comercial.
O grupo trabalha de forma voluntária e não-remunerada. Não há patrocínio publicitário nem da iniciativa privada, nem dos poderes públicos. Adotamos apenas aquilo que estamos chamando de “publicidade cidadã”.
Fabiana Veloso e Dalmo Oliveira, diretores da Sociedade Cultural Nova República, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares

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